Além de causar danos às plantas, as lesmas, em altos níveis populacionais, podem transmitir doenças. O nematóide (verme) Angiostrongylus costaricensis (ver abaixo) pode ser transmitido ao ser humano, principalmente em crianças através do muco produzido pela lesma, doença denominada angiostrongilose abdominal.
Muitos casos dessa doença têm sido diagnosticados no sul do Brasil, tornando-se um problema de saúde pública. Para evitar a transmissão do verme, não se devem tocar as lesmas ou entrar em contato com a secreção do muco.
ANGIOSTRONGYLUS / ANGIOSTRONGILÍASE
Descrição da doença – é um parasita de ratos. Ratos infectados eliminam formas imaturas do verme em suas fezes. Lesmas e caramujos infectam-se por ingestão de fezes de ratos contaminados. Formas jovens do parasita maturam-se nos caramujos e lesmas, mas não se tornam vermes adultos. O ciclo de vida do parasita completa-se quando ratos infectados comem lesmas e caramujos infectados, e assim, os vermes imaturos tornam-se então adultos. São dois tipos de parasitas, A. cantonensis que atinge o SNC podendo causar envolvimento de meninge e meningite eosinofílica e o A. costaricensis, causando doença abdominal.
A forma neurológica é mais comumente caracterizada por forte dor de cabeça, rigidez de nuca e parestesias. Paralisia facial transitória ocorre em 5% dos pacientes. Febre baixa pode estar presente. Os vermes são identificados no líquor e nos olhos. O líquor em geral, apresenta pleocitose com > 20% de eosinófilos. Eosinofilia no sangue nem sempre está presente, porém, quando positiva, pode atingir 80%. A doença pode durar de alguns dias a vários meses. Mortes raramente são registradas.
A forma abdominal simula apendicite, ocorrendo predominantemente em crianças. Dor abdominal e dor branda na fossa ilíaca direita, febre, anorexia, rigidez abdominal, presença de massa semelhante a tumor no quadrante direito inferior e dor ao exame retal são características da doença. Leucócitos variam de 20.000 a 30.000, com eosinófilos entre 11 a 61%. Na cirurgia, observam-se granulações amarelas na parede subserosa intestinal, bem como ovos e larvas nos linfonodos, parede intestinal e omento. Vermes adultos migram para as arteríolas em geral, na área ileocecal.
Modo de transmissão - ingestão de lesmas/caramujos crus ou mal cozidos infectados ou verduras e outros produtos alimentares contaminados com lesmas/caramujos infectados.
Medidas preventivas – educação geral para consumo de alimentos aquáticos e lesmas devidamente cozidos. O aquecimento por 3 a 5 minutos ou o congelamento a 15ºC por 24 horas matam a larva. Higienização e desinfecção não se mostraram efetivas. Vegetais com presença de lesmas devem ser desprezados. Lesmas e caramujos podem estar infectados, inclusive o caramujo africano trazido para criação em cativeiro para produção de escargot (produção sem sucesso comercial) que se disseminou como praga por vários locais do Estado de São Paulo e Brasil. O controle de ratos é essencial para impedir a disseminação da doença.
Muitos casos dessa doença têm sido diagnosticados no sul do Brasil, tornando-se um problema de saúde pública. Para evitar a transmissão do verme, não se devem tocar as lesmas ou entrar em contato com a secreção do muco.
ANGIOSTRONGYLUS / ANGIOSTRONGILÍASE
Descrição da doença – é um parasita de ratos. Ratos infectados eliminam formas imaturas do verme em suas fezes. Lesmas e caramujos infectam-se por ingestão de fezes de ratos contaminados. Formas jovens do parasita maturam-se nos caramujos e lesmas, mas não se tornam vermes adultos. O ciclo de vida do parasita completa-se quando ratos infectados comem lesmas e caramujos infectados, e assim, os vermes imaturos tornam-se então adultos. São dois tipos de parasitas, A. cantonensis que atinge o SNC podendo causar envolvimento de meninge e meningite eosinofílica e o A. costaricensis, causando doença abdominal.
A forma neurológica é mais comumente caracterizada por forte dor de cabeça, rigidez de nuca e parestesias. Paralisia facial transitória ocorre em 5% dos pacientes. Febre baixa pode estar presente. Os vermes são identificados no líquor e nos olhos. O líquor em geral, apresenta pleocitose com > 20% de eosinófilos. Eosinofilia no sangue nem sempre está presente, porém, quando positiva, pode atingir 80%. A doença pode durar de alguns dias a vários meses. Mortes raramente são registradas.
A forma abdominal simula apendicite, ocorrendo predominantemente em crianças. Dor abdominal e dor branda na fossa ilíaca direita, febre, anorexia, rigidez abdominal, presença de massa semelhante a tumor no quadrante direito inferior e dor ao exame retal são características da doença. Leucócitos variam de 20.000 a 30.000, com eosinófilos entre 11 a 61%. Na cirurgia, observam-se granulações amarelas na parede subserosa intestinal, bem como ovos e larvas nos linfonodos, parede intestinal e omento. Vermes adultos migram para as arteríolas em geral, na área ileocecal.
Modo de transmissão - ingestão de lesmas/caramujos crus ou mal cozidos infectados ou verduras e outros produtos alimentares contaminados com lesmas/caramujos infectados.
Medidas preventivas – educação geral para consumo de alimentos aquáticos e lesmas devidamente cozidos. O aquecimento por 3 a 5 minutos ou o congelamento a 15ºC por 24 horas matam a larva. Higienização e desinfecção não se mostraram efetivas. Vegetais com presença de lesmas devem ser desprezados. Lesmas e caramujos podem estar infectados, inclusive o caramujo africano trazido para criação em cativeiro para produção de escargot (produção sem sucesso comercial) que se disseminou como praga por vários locais do Estado de São Paulo e Brasil. O controle de ratos é essencial para impedir a disseminação da doença.
E tem gente que come
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